Casa do Pantanal tem previsão de inauguração no Parque das Nações para Maio/2016

Karina Lima

Sexta, 27 De Novembro De 2015 às 08h51

Casa do Pantanal tem previsão de inauguração no Parque das Nações para Maio/2016

Foto por: Edemir Rodrigues

Casa do Pantanal tem previsão de inauguração no Parque das Nações para Maio/2016

A Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) realizou na manhã desta quinta-feira (26) ato simbólico de posse da Casa do Pantanal, com a presença da comissão que vai finalizar a construção do projeto até sua inauguração e abertura ao público, com previsão para maio de 2016.

A Casa do Pantanal está localizada no Parque das Nações Indígenas. O projeto foi concebido e idealizado pela Fundação Manoel de Barros, com início em 2005. A Fundação obteve recursos do Ministério do Turismo para construir a casa, em estilo de casa de fazenda. O Governo do Estado cedeu o terreno, o Ministério cedeu 600 mil reais e a Fundação Manoel de Barros entrou com contrapartida de 200 mil reais para a construção da casa, que foi terminada em 2012.

Em dezembro de 2013 foi realizado um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira, pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A nova proposta do Projeto Casa do Pantanal não se distancia do projeto original. A adequação foi elaborada de forma a tornar o espaço mais versátil. Outro aspecto relevante é manter a rusticidade da casa.

A proposta fundamental da Casa do Pantanal é a valorização, a preservação e divulgação da Memória Cultural do Pantanal de Mato Grosso do Sul.  O Projeto Casa do Pantanal é um ambiente concebido não só para preservar os bens culturais mais significativos, como também para ser um lugar permanente de exposição de objetos e de imagens relevantes para a criação de um acervo da memória social, cultural, política e econômica do Pantanal. A Casa do Pantanal pretende ser um ponto de referência no Estado, para turistas, estudantes e admiradores que desejarem conhecer um pouco da memória pantaneira.

Na concepção de museu, propôs-se oferecer, além das exposições permanentes, um lugar de interação munido de ferramentas tecnológicas para que o visitante conheça aspectos relevantes da história e da cultura pantaneira, por meio de imagens fotográficas, filmes, relatos e narrativas orais, disponibilizados nos terminais de computador instalados inicialmente no espaço “Biblioteca Virtual”.

O objetivo geral é contribuir para a valorização e a divulgação dos bens culturais do pantanal de Mato Grosso do Sul, principalmente daqueles que caracterizam ou caracterizaram as principais fases da evolução da vida nessa região, marcada especialmente pela cultura de origem rural, bem como conhecer as práticas e/ou “saberes” populares das diferentes localidades, por meio da história de vida de seus ocupantes, buscando, na interface com o turismo, uma articulação mais dinâmica entre um Patrimônio Natural e um Patrimônio Cultural, ambos representados pelo Pantanal/MS.

Outros objetivos são a construção de um lugar de referência no Estado para o conhecimento da história, da geografia, da cultura e hábitos da vida pantaneira, ampliar o acesso sobre a cultura e meio ambiente pantaneiro, realizar oficinas de arte, de educação ambiental, disponibilizar acervo literário relativo à literatura pantaneira e sul-mato-grossense, homenagear o poeta pantaneiro Manoel de Barros por meio de um espaço exclusivo com exposição permanente de sua trajetória e obras literárias.

A reunião desta manhã foi iniciada com a apresentação dos cômodos da casa aos membros da Comissão Temática “Valorização da Cultura Pantaneira como Identidade de Mato Grosso do Sul”, que vai realizar os reparos e finalizar o projeto para abertura ao público. A comissão é formada pela Federação das Associações Empresariais de MS (Faems) – Alfredo Zanluti; Conselho Temático Permanente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – (CDTI Fiems) – Luiz Claudio Sabedotti Fornari (coordenador); Federação das Indústrias do Estado de MS (Fiems) – Lourival Vieira Costa; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) – prof. dr. Jeovan de Carvalho Figueiredo; Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect) – Marcelo Turine (diretor-presidente); Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de MS (Fecomércio) – Edison Araújo (presidente); Conselho Deliberativo Estratégido de MS (CDE) – Rodolfo Vaz de Carvalho (assessor do presidente); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MS); Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) – Athayde Nery (secretário) e Claudia de Medeiros (Superintendência de Economia Criativa – Supec/Sectei).

Logo depois, os participantes foram reunidos para o ato simbólico de posse da Casa pela Sectei. Segundo o diretor administrativo da Fundação Manoel de Barros, Marcos Henrique Marques, o Governo do Estado é a melhor entidade para fomentar a cultura pantaneira. “A Casa do Pantanal está numa área do governo, que cedeu o terreno. A Fundação Manoel de Barros, após a construção a Casa, começou a procurar parceiros para continuar o projeto, mesclando a parte cultural com a parte tecnológica.”

O secretário da Sectei, Athayde Nery, disse que se trata de um momento muito importante esse de assumir o Projeto da Casa do Pantanal. “Essa construção com os parceiors nós vamos começar neste momento em que estamos assumindo o projeto que representa toda essa cultura genuína. O mundo é deslumbrado com o Pantanal. Esse patrimônio da Unesco é só aqui que existe. É algo que pode nos identificar no mundo. As pessoas têm avidez para conhecer esse bioma. Este evento é inspirado em vocês [da comissão] que inspiraram esta causa. O Estado é emulador do projeto, mas a sociedade deve participar”.

O coordenador do Conselho Temático Permanente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – (CDTI Fiems) – Luiz Claudio Sabedotti Fornari, afirmou ser hoje um dia muito importante. “Eu saí do Rio Grande do Sul e tive uma acolhida tão importante aqui, que o campo-grandense tem. O que me trouxe aqui foi ter encontrado essa cultura espetacular, a fauna e a flora, a música, esse convívio aberto à noite, que não existe em todo lugar. Cada manifestação para resgatar isso é uma alegria muito grande. Acreditamos no secretário, que nasceu no Pantanal, para atender ao projeto. No coração de cada sul-mato-grossense deve acordar para a importância que tem essa cultura. Há dez anos quem semeou esta ideia não imagina o bem que fez ao Estado, para a cultura e o lado econômico também. É ter a oportunidade de sentir aqui o cheiro do Pantanal, a divulgação científica do Pantanal, que nos coloca como um Estado de ponta no Brasil. Aqui nós temos as entidades preocupadas em continuar esse projeto”.

O assessor da presidência do Conselho Deliberativo Estratégido de MS (CDE), Rodolfo Vaz de Carvalho, afirmou ser uma “emoção pessoal” participar da reunião de hoje. “O conhecimento deste projeto e esta construção entre várias pessoas nós temos como trazer agora à tona. É um momento único de convergência muito interessante. Podem contar comigo”.

O diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect), Marcelo Turine, disse que o projeto realizado em 2013 hoje é importante para Mato Grosso do Sul e para o Brasil, “por entrar como política pública de cultura e para dar vida a esse espaço. Isso aqui é o começo para mostrar que é possível fazer a convergência com a cultura, a ciência, a tecnologia e a inovação. Fico feliz que a Fundect esteja em parceria com a Sectei. Aposto em sua garra de trabalho [secretário Athayde] para tocar o projeto com essa equipe que está aqui. Vai ser um sucesso, um ponto turístico de Mato Grosso do Sul”.

O reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),  Jeovan de Carvalho Figueiredo, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi representado por Marcelo Fernandes, que afirmou que a instituição pode contribuir com pesquisa. “A cultura tem que ter gosto, cheiro, cor, som, tudo. A universidade está à disposição para trabalhar junto”.

A superintendente de Economia Criativa (Supec/Sectei), Claudia de Medeiros, informou, ao fim da reunião, que a secretaria vai dar a devida importância à cultura pantaneira, um dos maiores elementos da identidade de Mato Grosso do Sul, com esse projeto da Casa do Pantanal. “A partir de agora vamos fortalecer a comissão de parceiros para começar os trabalhos, quem vai fazer o quê, distribuir atividades, pois é um trabalho que tem que ser construído em várias mãos, para podermos abrir a casa à visitação do público, com previsão para maio de 2016”.



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