No acumulado dos doze meses, o índice registrado é de 6,48%, bem próximo ao teto da meta de 6,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Terça, 07 De Outubro De 2014 às 15h16
Com pequena variação sobre agosto, inflação de setembro fecha em 0,25%
Mesmo de forma lenta, a inflação da Capital mostrou uma pequena reação em setembro, fechando em 0,25%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), divulgado mensalmente pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (NEPES) da Universidade Anhanguera-Uniderp. O indicador ficou apenas 0,02% acima do registrado em agosto (0,23%) e 0,03% em relação a julho (0,22%).
Desde abril, a tendência de inflação tem sido de baixos índices mensais. Consequentemente, a inflação acumulada do ano deve se manter menor que o teto da meta inflacionária do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 6,5%.
Os grupos que mais contribuíram para a alta da inflação em setembro foram: Alimentação (0,80%), Educação (0,40%), Saúde (0,27%), Despesas Pessoais (0,17%) e Habitação (0,13%).
Na visão do coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza, o aumento do índice do grupo Alimentação começa a despertar preocupações por ter o segundo maior peso na composição da inflação da Capital. “Com o final do ano se aproximando, é comum este grupo registrar preços majorados devido ao aumento de consumo de produtos desse setor”, avalia o pesquisador.
Na contramão dos alimentos, os grupos que mais seguraram a inflação foram Vestuário (-1,27%) e Transportes (-0,02%). “A deflação do setor de Vestuário é reflexo das liquidações de fim de estação. Mas até o final do ano, esse quadro pode reverter a tendência, com aumento de preços de seus produtos devido à alta demanda das festividades”, complementa o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza.
Inflação acumulada – Nos últimos doze meses foi registrada uma inflação de 6,48%, número acima do centro da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e muito próximo do teto da meta, que é de 6,5%. No período, as maiores inflações acumuladas por grupos foram: Alimentação, com 9,67%; Educação, com 8,89% e Despesas Pessoais, com 7,61%.
Analisando os nove meses do ano, a inflação acumulada aumentou 0,26% em relação a agosto, resultando em 4,66%. O número ultrapassou o centro da meta inflacionária para 2014, que é de 4,5%, mas ainda está abaixo do teto, que é de 6,5%. Nesse tempo, os maiores índices por grupos foram: Educação, com 8,69% e Alimentação, com 7,37%,
Os dez mais e os dez menos do IPC/CG – Os responsáveis pela inflação do mês de setembro foram: alcatra (0,05%), automóvel novo (0,05%), batata (0,04%), papelaria (0,04%) tomate (0,04%), sabão em pó (0,02%), hidratante (0,02%), costela (0,02%), queijo cremoso (0,02%) e blusa (0,02%).
Já os dez itens que mais ajudaram a segurar a inflação nesse período em Campo Grande foram: queijo muçarela/prato com (-0,04%), calça comprida masculina (-0,03%), contra-filé (-0,03%), diesel (-0,03%), gasolina (-0,03%), acém (-0,03%), impressora (-0,02%), ovos (-0,02%), short e bermuda masculina (-0,01%) e óleo de soja (-0,01%).
Segmentos
Em setembro, o grupo Habitação apresentou uma pequena inflação de 0,13%. Alguns produtos deste grupo com majoração de preços foram: esponja de aço (9,99%), álcool para limpeza (5,34%), cera para assoalho (3,30%), entre outros. Queda de preços ocorreu com impressora (-3,86%), DVD (-3,30%), lâmpada (-2,94%), entre outros itens.
O índice de preços do grupo Alimentação demonstrou alta, fechando em 0,80%. Os produtos que mais se destacam pela alta são: tomate (16,61%), couve-flor (14,64%), abobrinha (14,04%), entre outros. Redução de preço foi constatada com chuchu (-21,72%), salsa (-18,32%), vinagre (-11,78%), entre outros.
O NEPES da Anhanguera-Uniderp alerta para um comportamento bastante irregular neste mês de setembro com relação à carne bovina. Praticamente a metade dos cortes teve majoração de preços, como o músculo (7,23%), vísceras de boi (5,56%), filé mignon (4,08%), costela (3,13%), entre outros; e o restante registrou queda, a exemplo do contra-filé (-3,74%), cupim (-3,34%), acém (-2,51%), etc.
“Apesar da fraca demanda do campo-grandense por carne bovina, tem ocorrido aumento de preço desse produto devido à entressafra de boi gordo e ao aumento do volume de exportação, inclusive, com reais chances da exportação do produto in natura para os Estados Unidos, mercado há muito tempo fechado para a carne brasileira. Com isso, haverá uma grande abertura de mercados para a carne do nosso país”, considera o pesquisador Celso.
Quanto à carne suína, a bisteca teve queda de -2,52% e o pernil -1,86%. Já a costeleta teve aumento de 0,48%.
No segmento de carnes brancas, o frango resfriado teve queda de -0,32% no preço e os miúdos de frango teve aumento de 4,05%.
Passando para o grupo Transportes, o levantamento demonstra uma pequena deflação de -0,02%. Aumento de preço ocorreu com ônibus intermunicipal (2,71%), automóvel novo (2,33%) e pneu (0,83%). Já o diesel (-1,03%), gasolina (-0,82%) e etanol (-0,62%) reduziram seus valores na bomba.
O Grupo Educação teve aumento e chegou a 0,40%, devido a fortes altas de preços em produtos de papelaria.
Em menor proporção, mas também com alta, o grupo Despesas Pessoais apresentou índice de 0,17% na inflação. Alguns produtos desse grupo que tiveram elevação de preços foram: hidratante (8,18%), papel higiênico (3,53%), xampu (1,79%), entre outros. Queda de preço foi registrada com creme dental (-6,31%), protetor solar (-3,70%), sabonete (-2,31%), etc.
O grupo Saúde acompanhou o ritmo e apresentou uma pequena alta em seu índice, da ordem de 0,27%. Os produtos que se destacaram foram: antimicótico e parasiticida (7,02%), antiinflamatório e antireumático (4,59%), antialérgico e broncodilatador (2,26%). Já os produtos que tiveram queda de preço foram: material para curativo (-7,22%), antiinfeccioso e atibiótico (-1,13%), hipotensor e hipocolesteríico (-0,49%).
O destaque de deflação de setembro foi o grupo Vestuário, com -1,27%. Grande queda de preço ocorreu com: camiseta feminina (-5,56%), vestido (-4,63%), sandália/chinelo feminino (-4,54%), entre outros. Aumento de preço foi constatado com blusa (3,68%), camisa masculina (2,13%), calça comprida feminina (0,54%), entre outros com menores altas de preços.
IPC/CG - O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O índice busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. A Universidade Anhanguera - Uniderp divulga mensalmente o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande.
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