Como é construído um espetáculo de dança? Como são definidos os passos, movimentos e a trilha sonora? Na próxima sexta-feira (12), a Cia Dançurbana, vai contar mais detalhes sobre a criação de seu mais novo espetáculo “FLUZZ”, às 17h30, no Hall do Auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Campo Grande-MS.
De acordo com Marcos Mattos, diretor e coreógrafo da companhia, o objetivo da Mostra é contribuir com a formação dos estudantes, compartilhar vivências e conhecimentos acerca da dança: “Acredito que um relato de experiência pode auxiliar os acadêmicos a modificarem o jeito de eles entenderem a dança. Queremos aproximar o artista local dos futuros professores que irão para as escolas. O objetivo é promover a interação e a troca de experiências, levar o nosso ‘fazer’, o nosso trabalho; para os alunos, profissionais e para o público interessado”.
Após o sucesso do espetáculo ‘De Passagem’, FLUZZ é o mais novo trabalho da Cia Dançurbana, que trata das relações entre a dança e a tecnologia. “Nossa pesquisa está diretamente ligada ao corpo e sobre como o corpo se comporta diante da tecnologia, como ele tem que fazer modificações para se adaptar a isso. Nos inspiramos em diferentes aspectos da tecnologia: interação, participação, mídia sociais, entre outros”, descreve.
A proposta de FLUZZ é questionar os corpos e conexões em movimentos que dialogam com o mundo das redes. Como ponto de partida, o corpo aponta para diferentes direções, pois o caminho é o próprio fluxo. No palco, técnicas de danças urbanas, dança contemporânea e improvisação são utilizadas pelos seis intérpretes-criadores para tecer uma rede de conexões. O corpo é o grande comunicador entre as pessoas. Foram seis meses de concepção do espetáculo, de estudos teóricos, leituras de textos sobre os temas propostos, discussões e ensaios diários. E os detalhes sobre essa construção serão compartilhados na Mostra de Processos.
A criação do espetáculo foi aprovada pela Lei Rouanet, conta com o patrocínio de O Boticário na Dança, Eletrobrás Furnas e Digitho Brasil e, apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).
A Cia Dançurbana foi a primeira companhia de dança sul-mato-grossense a conquistar o concorrido edital de O Boticário na Dança. Além da Mostra de Processos, pelos incentivos e patrocínios, FLUZZ será apresentado em Campo Grande-MS, Dourados-MS, Corumbá-MS e Três Lagoas-MS nos próximos meses. A primeira apresentação de FLUZZ será no dia 26 de agosto, às 21 horas, no Museu de Arte Contemporânea de MS (MARCO), durante a Mostra Cerrado Abierto.
Serviço: a Mostra de Processos de ‘FLUZZ’, da Cia Dançurbana, é gratuita e acontece no dia 12 de agosto (sexta-feira), às 17h30, no Hall do Auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), localizada na avenida Dom Antônio Barbosa (MS-080), 4.155, em Campo Grande-MS. Mais informações (67) 99287-6433 e pelo site
www.dancurbana.com.br.
Cia Dançurbana
Nascida em 2002, a Cia Dançurbana desenvolve um trabalho de formação, produção e difusão da dança em Campo Grande e Mato Grosso do Sul. É uma companhia de dança profissional independente, que realiza espetáculos, cursos, oficinas, encontros e palestras, pautadas pela sustentabilidade e continuidade da realização de trabalhos, que se relacionem com a comunidade, com o público em geral. A técnica inicial de movimento usada pela companhia são as Danças Urbanas e seus mais diversos estilos, porém não utilizadas como Fim e sim como meio para as criações. Principais espetáculos: Urbanóides (2008), Plagium? (2009), Singulares (2012), Soma Onze (2013) e De Passagem (2015). Principais destaques: Prêmio Célio Adolfo de Incentivo a Dança 2013, Prêmio Funarte Klauss Viana 2011 e Prêmio Destaque Cultural 2014. Com o espetáculo “Plagium?”, em 2014 a Cia integrou a programação do Palco Giratório Sesc, o maior circuito de artes cênicas do Brasil, passando por 44 cidades.