Concrete Castles é o frescor da juventude, soprando no rock alternativo

Banda de rock alternativo baseada em Eire, na Pensilvânia, traz jovens amigos fazendo um som interessante, que apareceram para o mundo depois de viralização no Youtube e despertaram o interesse de gravadoras

Guto Oliveira

Segunda, 03 De Abril De 2023 às 16h14

Concrete Castles é o frescor da juventude, soprando no rock alternativo

Concrete Castles é o frescor da juventude, soprando no rock alternativo

First to Eleven / Concrete Castles

Como tantas bandas que começaram nas carteiras escolares, o Concrete Castles surgiu em Erie, cidade da Pensilvânia, no ano de 2009, da junção de cinco amigos do ensino fundamental, arregimentados e organizados pelo professor de violão, e são dessas pegadas que encantam de cara, com boa música e vocal convincentemente bom.

O Concrete Castles nasceu a partir do embrião do M4 (Mini Men Making Music), orientados pelo professor de violão Ryan Krysiak. Depois da busca incessante por um vocalista fixo, uma vez que vários desistiram, chegaram até Audra Miller em 2013, que acabou firmando-se no posto. Pouco tempo depois, em 2015, assumiram o nome First to Eleven (F211)

Participaram do Festival Vans Warped Tour em 2016, e nos dois anos seguintes, cinco dos integrantes originais deixaram a banda, por conta da universidade. Matthew Yost virou o único remanescente, e por isso Ryan Krysiak, professor e empresário da banda, e Sam Gilman entraram para a banda.

Em janeiro de 2021, o canal do First to Eleven atingiu um milhão de inscritos no Youtube. No mês seguinte, Audra, Matthew, Ryan e Sam assinaram com a Velocity Records e a Equal Vision Records, já com o nome atual de Concrete Castles, lançando o primeiro single, “Just a Friend”, em março.

O primeiro show aconteceu no Festival Atlantic City Beer & Music, em junho de 2021 e o álbum de estreia, nomeado de  “Wish I Missed U”, foi lançado em 17 de setembro, com produção de Blake Harnage e outros.

Com o lançamento, eles iniciaram uma turnê ao lado das bandas Against the Current, Oxymorrons, Set it Off, entre outras, que durou até o final de 2021 e ao longo do ano de 2022.

Audra Miller tem 22 anos e sua voz passeia entre o timbre de Avril Lavigne e Dolores O'Riordan, do Cranberries, e o frescor juvenil ressalta aquela vontade premente, imediata e urgente de cantar, conferindo muita paixão e vontade em suas interpretações.

No começo, como toda banda em seus primeiros passos, eles fizeram covers sensacionais de clássicos que abrangem desde as décadas de ouro de 1960/1970/1980 até os tempos atuais, passando por Blondie, Tears for Fears até Ed Sheeran, Coldplay, Imagine Dragons e muitos outros.

O vídeo com o qual eu conheci a banda, ainda como First to Eleven, no Youtube, é uma compilação de vários acústicos que eles fizeram durante o ano de 2021, e o repertório selecionado é simplesmente brilhante. Recomendo muito.

São muitos momentos sublimes, mas ouso destacar "Heart of Glass", clássico da disco, lançado em 1979, na voz de Blondie; o hit do Sixpence None The Richer, "Kiss Me" (que eles intitulam de melhor cover); a balada deliciosa "Perfect", do Ed Sheeran; a icônica “Nothing else Matters”, do Metallica e até os Fab Four marcaram presença, com “Let it Be”.

As músicas autorais, disponíveis nas plataformas digitais, reforçam a vibe de banda moderna, desta banda de rock, cujo gênero se situa entre o dance/eletrônico e o metal alternativo. A voz de Audra Miller mantém-se com aquela vitalidade dos tempos das lives no Youtube.

Do primeiro álbum da banda, destaco a força de “Running from the Daylight”, uma música repleta de energia e que me lembrou o Ace of Base, banda sueca que estourou nos anos 1990. “Sting” também tem uma pegada poderosa. Tem ainda a divertida “Lucky”, com proposta dançante como a maioria do disco. Para fechar, tem a baladinha “Jealousy”, dando aquele equilíbrio maneiro.

Como primeiro trabalho de uma galera tão jovem, dá para se esperar bons materiais futuros, principalmente se fugirem um pouco dessa roupagem gourmetizada de “Wish I Missed U”, porque enquanto banda de covers, eles mostraram muita personalidade, principalmente pela presença e voz marcante de Audra Miller.

Deu a impressão de que gostei mais da época de banda caseira? Bem, sigo firme na esperança de que o futuro traga surpresas tão boas quanto ter conhecido o First to Eleven, porque o Concrete Castles tem muito a oferecer e torço para que a trupe tenha o merecido reconhecimento e sucesso.

Concrete Castles
Vocais: Audra Miller
Guitarra: Matthew Yost
Bateria: Sam Gilman
Manager: Ryan Krysiak
Site oficial: concretecastles.band

Fonte: Internet, Fotos @romansobus | ErieReader.com | Internet

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